domingo, 24 de outubro de 2010

Linda Martini - Hard Club Porto - 23 de Outubro 2010

Noite de guitarras ao rubro...e de ambiente quente...muito quente... foi assim o concerto dos Linda Martini no Hard Club ontem à noite. Houve de tudo um pouco... a começar por uma sala muito bem composta, passando por uma numerosa e efusiva trupe de teenagers e finalmente o grupo, a sua música...
Comecemos então pelo espaço, apesar de algumas questões que ainda deve afinar, nomeadamente no que diz respeito à sinalética, o Hard Club, neste novo figurino apresenta-se em grande estilo. Nesta nosso primeira visita ao local ficamos impressionados com as suas potencialidades e aguardamos a próxima oportunidade de o visitar. A cidade necessitava de um espaço assim e o Hard Club é sem dúvida esse espaço. Boa acústica, bom equipamento, bom ambiente...
Com 30 minutos de atraso, lá entraram os 4 elementos da banda em palco, tímidos, com pequenos sorrisos, sob uma grande ovação. O novo disco à porta, o segundo, de seu nome Casa Ocupada, foi a base de todo o concerto, onde como em todos os concertos da banda se destacam as guitarras, os samplers, os efeitos e o poder da bateria. O ritmo desde logo foi intenso, muito dinâmico... intencionalmente a puxar. Quem via respondia ao que a banda debitava em cada música. Um processo de entrega partilhado entre banda e assistência, em cada uma das músicas, mesmo que a maioria delas ainda não tenha ainda visto a "luz do dia".
Não se podia esperar outra coisa dos Linda Martini, fomos mal habituados, e sempre acreditamos nas suas capacidades desde a primeira vez que os vimos ao vivo, há quase 3 anos em Guimarães.
Fomos ainda presenteados com 6 temas do disco anterior a começar com "Partir para Ficar", "Amor Combate" (cantado em uníssono pela assistência), Este Mar, A Severa e no encore "Dá-me a tua melhor faca" e "O amor é não haver policia".
As restantes contribuições musicais, ficaram da responsabilidade do novo disco... e que grande disco que vai ser.
O alinhamento foi o seguinte:
Nós e os outros;
Mulher-a-dias;
Amigos Mortais;
Partir para ficar;
Elevador
Amor Combate
S de Jéssica
Juventude Sónica
Ameaça menor
Este mar
A Severa
Queluz menos luz
Belarmino
Cem metros sereia

Encore

Dá-me a tua melhor faca
O amor é não haver polícia

O concerto termina, mas há a esperança do regresso, que cai por terra com o inicio da música de ambiente da sala. Resta o sabor que fica da noite bem passada e dos ouvidos a zoar do choque das guitarras e do poder da bateria. Sem dúvida um dos concertos de 2010, a ir directo para a prateleira do favoritos do ano.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Rosetta - A Determinism Of Morality


O último disco do quarteto norte-americano afirma-os como um dos nomes a ter em conta no género. Sem grandes inovações (tirando as vozes em "Release") e, talvez, com menor intensidade que o anterior "The Galilean Satellites", "A Determinism Of Morality"  não deixa de encher as medidas a qualquer apreciador da banda e do estilo. 
O ponto alto do disco acontece na tripla Relese, Revolve, Renew onde os Rosetta mostram ser mestres na criação dos ambientes sonoros dignos dos temas que lhes servem de inspiração, grandiosos e belos. Quando o tema titulo (um épico de 11 minutos em crescendo) finaliza, o dedo foge invariavelmente para o botão de play uma e outra vez. Um disco muito sólido para ser ouvido no momento certo e com o volume no máximo.