domingo, 6 de fevereiro de 2011

Crippled Black Phoenix - I, Vigilante

Regresso dos britânicos Crippled Black Phoenix em 2010 com I, Vigilante. Difíceis de caracterizar, entre o post-rock e o folk, os mesmo começaram por definir as suas músicas como "endtime ballads" na estreia A Love Of Shared Disasters e optaram por colar o rótulo de "endtime rock" neste último trabalho, talvez não tenha mudado tanto assim, a progressão é notória mas este parece ser o passo natural que a banda necessitava dar. O sucessor das edições "gémeas" 200 Tons Of Bad Luck, The Resurrectionists / Night Rider é bem mais simples do que a catadupa de musicas com que nos presentearam em 2009, sendo que é constituído apenas por 5 musicas mais um bónus no que quase se podia considerar um EP.
As quatro primeiras músicas são o corolário do melhor que os CBP fizeram até hoje, um sucesso a todos os niveis, o uso inteligente e eficaz de introduções está muito bom, principalmente o inicio comovente de Bastogne Blues e mesmo o enigmático principio do álbum. We Forgotten Who We Are pode muito bem tornar-se a musica definitiva para caracterizar esta banda, com dez minutos em crescendo e um piano perfeitos acompanhado pela voz de Joe Volk que soa melhor que nunca e Fantastic Justice a soar a sequela de Burnt Reynolds e a incorporar os ensinamentos dos heróis Pink Floyd, desta vez na medida certa.
É portanto estranho que no seguimento disto e para finalizar o álbum os CBP tenham conseguido gravar a pior música que já editaram, Of A Lifetime, uma versão de um cliché rock dos Journey, que não se consegue distanciar desse mesmo cliché e soa tão péssimo quanto o original. Quando tudo parecia não poder piorar, ainda nos é apresentado uma faixa "escondida", Burning Bridges, uma versão do tema do filme Heróis Por Conta Própria, por certo que eles apostaram no critério de comicidade para acharem que valia a pena gravar esta faixa, por mim foi um tiro completamente ao lado que só tem o lado bom de fazer com que a faixa anterior não pareça tão má.
No entanto, fica a consolação do botão de skip, e a ideia que se isto fosse um EP com as quatro primeiras músicas era um trabalho quase perfeito.

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