terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Killing Joke - Absolute Dissent

Os Killing Joke são veteranos  respeitados como poucos, o trabalho e atitude de Jaz Coleman e companhia ao longo dos anos valeu-lhes um lugar de prestígio aos olhos de grande parte dos apreciadores de musica. Regressaram aos discos de originais em 2010, primeiro com o EP In Excelsis seguido mais no fim do ano com este longa duração Absolute Dissent, pela primeira vez após longos anos de alterações no line-up com os membros originais que lançaram o já distante LP homónimo em 1980 e pela primeira vez juntos desde 1982.
E regressaram em grande, Absolute Dissent é um desenrolar de grandes sons e boas músicas, mostra uma banda em grande forma, com energia de sobra e com ideias intactas e originais. O trio de abertura  Absolute Dissent/The Great Cull/Fresh Fever From The Skies chega a ser empolgante (como não será um concerto em 2011 destes senhores?) com riffs puxados ao máximo e refrões a convidarem a um acompanhamento a plenos pulmões. A partir daí o disco tenta  manter a qualidade, e vai conseguindo, as já conhecidas In Excelsis e Endgame seguem as linhas do já mencionado inicio, European Super State surpreende com os Killing Joke mais dançáveis que já se viram em anos e The Raven King, executado com muita alma num tributo a Paul Raven, ex-colaborador da banda, falecido há uns tempos atrás. É na segunda parte que as coisas decaem um pouco, mas não muito, as musicas mais pesadas não conseguem soar tão originais e perde-se um pouco da euforia inicial. Recupera-se, no entanto, o génio com as finais Here Comes The Singularity e o ambiente dub de The Ghost Of Ladbroke Grove quase a obrigar a uma nova audição de todo o disco.
Menção também para as letras, não é novidade que os KJ sempre foram uma banda política e socialmente empenhada, as letras são inteligentes e dão que pensar, uma raridade nos tempos que correm.

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